segunda-feira, abril 09, 2012

Personagens da Superliga 2011/12: Fabiola

"É muita responsabilidade ser a ‘cabeça’ do time, mas é algo que amo fazer", diz Fabiola 
Fabiola - Foto: Walter Caparrós Blanco

Durante esses dias antecedem a grande decisão da Superliga 2011/12, o site do Sollys/Nestlé publicará entrevistas com as jogadoras da equipe. Acompanhe a série e conheça um pouco mais das atletas que contribuíram para levar o time à final da competição nacional. A entrevistada de hoje é a levantadora Fabiola.

Qual a sua rotina quando tem folga nos treinamentos?
Fabiola: Sou muito religiosa. Então, gosto muito de ler a bíblia, livros de autoajuda, histórias da bíblia. Além disso, fora do voleibol, minha rotina é ter o papel de mãe. Tenho que dividir meu tempo com a minha família (filha, esposo). Também tenho responsabilidade nas coisas de Deus. Gosto de ler, ir para a igreja, estar com a minha família. Não tenho muito o hábito de ler jornal ou revista.

Você se considera vaidosa?
Fabiola: Não sou muito vaidosa. Mas gosto de arrumar meu cabelo. Posso dizer que gosto do ‘normal’: ir ao salão, fazer a unha. Mas sou bem sossegada, não sinto tanta necessidade de me maquiar para sair.

Gosta de cozinhar?
Fabiola: Gosto de cozinhar, mas não tenho muito tempo. Meu prato predileto é arroz, feijão e bife acebolado.

Quais os principais cuidados que você toma com a sua saúde?
Fabiola: Tenho os cuidados normais que os atletas precisam ter. Ingerir pouco doce, ter uma vida mais regrada, mas sou uma pessoa que gosta de comer bem e bastante. Então, tenho de ter um cuidado maior até por isso, porque como de tudo, não tenho muita frescura com alimentação e para atleta essa característica é complicada.

Como o voleibol surgiu na sua vida?
Fabiola: O vôlei surgiu na minha vida, porque meu irmão jogava. Ele não era profissional, mas jogava e começou a me ensinar. Sempre me levava nos jogos e comecei a gostar. Quando eu tinha mais ou menos 10 ou 11 anos, jogava handebol na escola. Depois tive que optar pelo vôlei ou handebol na hora da educação física e preferi jogar vôlei. Então, minha vida no voleibol começou por causa do meu irmão, que gostava e começou a me ensinar. Daí senti amor por esse esporte e não vivo sem.

Quais os momentos mais marcantes da sua carreira?
Fabiola: Um dos momentos mais marcantes na minha carreira foi ter atuado em uma final do Mundial pela seleção brasileira. Infelizmente, não venci, mas ter jogado o Campeonato Mundial todo e atuado na final foi muito importante. Outro momento marcante foi ter jogado uma final de Superliga tão jovem. Tinha de 19 para 20 anos, virado levantadora recentemente (à época) e ter essa responsabilidade em uma decisão contra o BCN na época (acho), com a Fernanda Venturini jogando. Tive que assumir porque a outra levantadora se machucou. Então, essa situação me deu força e coragem para continuar lutando na minha carreira como levantadora, porque iniciei nessa posição tarde, pois era atacante. Essa partida, para mim, foi um marco.

Como foi a transição de atacante para levantadora?
Fabiola: Eu era titular da seleção infanto como atacante, quando recebi uma proposta para virar levantadora. Daí, fui para Curitiba nós treinamos duas temporadas juntos e depois tive a oportunidade de ir para o Minas para continuar esse trabalho. Mas o Bernardo me fez essa proposta porque não tinha levantadora alta na época e ele acreditava que eu tinha condição de me tornar uma levantadora, fazendo o mesmo trabalho que ele fez com a Fernanda. E eu acreditei nesse desafio. Voltei a aprender jogar novamente, pois você ser atacante é totalmente diferente de levantadora, mas foi muito gratificante, pois peguei amor pela posição e a minha vida no vôlei foi de muita luta, porque outras jogadoras já estavam nessa posição desde o início. Então, tive que me dedicar muito, treinar bastante e isso até hoje. Tenho que ter dedicação o tempo inteiro, porque é muita responsabilidade comandar a equipe e ser a ‘cabeça’ do time. Mas é algo que amo fazer.

Qual momento marcante na sua vida fora do mundo do voleibol?
Fabiola: O nascimento da minha filha foi outro marco. Fui mãe com 23 anos, sempre tive esse sonho. E esse momento foi outra fase do voleibol na minha vida, porque até então, não tinha responsabilidade, que eu tenho hoje de ter uma família. O fato de ter tido a minha filha foi um presente de Deus. Então, a Fabíola antes da gravidez e depois da gravidez é outra. E uma das características é a força. Hoje estou muito mais forte.

Como concilia a vida de mãe e atleta?
Fabiola: Tento estar com a minha filha, mas o tempo não é muito como gostaria. Mas quando tenho uma folga, tento buscá-la na escola. Quando ela está de férias, fica aqui comigo no Sollys/Nestlé assistindo aos treinamentos. Mas sempre que posso tento ir às reuniões da escola. Mas nem todas as festas e apresentações na escola, infelizmente, consigo estar presente. Então, é um preço a se pagar, mas ela tem entendido e tem rompido essa distância que não é fácil. Às vezes, ela fala que não aguenta mais o fato de eu estar sempre viajando, mas ela tem superado essa ausência. Mas não é fácil, você criar um filho, viajando tanto, só que graças a Deus está tudo muito bem.

Fonte: Sollys Vôlei