Adenízia revela que críticas mexeram com o brio da seleção feminina de vôlei
A meio-de-rede Adenízia, campeã olímpica pela seleção brasileira de vôlei, disse que as críticas da imprensa e da torcida mexeram com o brio das jogadoras, após as derrotas para os Estados Unidos e Coreia do Sul. As partidas foram disputadas na primeira fase da competição, pelo Grupo B, e tornaram-se essenciais para o Brasil conquistar o bicampeonato olímpico.
- Os torcedores e a imprensa querem resultado, ainda mais em um esporte de alto nível, como o vôlei. Nós ficamos tristes e abaladas com as críticas, não esperávamos isso, mas elas mexeram com a equipe e determinaram nossa volta por cima.
O Brasil teve uma campanha razoável na primeira fase e se classificou em quarto lugar. Nas quartas de final, um clássico contra a poderosa Rússia. Segundo Adenízia, o técnico José Roberto Guimarães foi muito importante para levantar o ânimo das atletas, visivelmente abaladas.
- O Zé Roberto foi muito inteligente. Após a derrota para a Coreia do Sul, nosso treinador não estava nervoso. Preferiu transmitir confiança para as meninas. Ele começou a passar todos os dias a qualidade de cada uma. Estávamos confiantes para o jogo diante da Rússia.
A estratégia do treinador deu certo: vitória histórica. A equipe esteve perto de perder das russas, salvou seis match points e virou o placar. Na semifinal, três sets a zero contra o Japão e o passaporte garantido para a grande final. E, na decisão, a chance de revanche contra os Estados Unidos. O resultado todo mundo já sabe: três sets a um e mais um ouro.
Depois de muita comemoração em Londres, as atletas voltaram animadas ao Brasil e dividiram a conquista com a torcida nas ruas de São Paulo. Para Adenízia, que tem contrato com o Osasco até o fim de abril, a ficha só caiu em solo brasileiro.
- Foi a hora que caiu a ficha: sou campeã olímpica. Bom demais olhar a Paulista inteira parada, aplaudindo. Eu chorei, me arrepiei, achei lindo.
A jogadora sabe que, com o ouro no peito, a responsabilidade aumenta. Adenízia já tem na ponta da língua o segredo para participar dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
- Agora, é trabalhar muito, me dedicar ainda mais no meu clube e sonhar com as próximas Olímpiadas, no Rio, pertinho da torcida.
Fonte: R7