quarta-feira, abril 11, 2012

Entrevista com Juliana Nogueira

Personagens da Superliga 2011/12: Juliana Nogueira

Juliana de Souza Nogueira nasceu em Americana, SP, começou a jogar vôlei em 2002, em Santa Bárbara D’Oeste e a partir daí não parou mais. Jogou uma temporada na Suíça, atuou na Superliga pelo Mackenzie, e por conta de seu desempenho, integrou a seleção brasileira sub 23, onde conquistou a medalha de ouro e o título de melhor bloqueadora dos Jogos Sul-Americanos de Medellín, na Colômbia, no ano passado.

Aos 22 anos, Juliana está tendo a oportunidade que sempre desejou: treinar com o técnico Bernardinho. De quebra, a oposta joga - e substitui quando é preciso – com Sheilla, um de seus grandes ídolos no vôlei.

Como está sendo treinar com o Bernardinho e defender uma equipe como a Unilever?
Jú Nogueira: É uma grande alegria e a realização de um sonho treinar com o Bernardinho, pois é um técnico vencedor, referência no vôlei mundial, com metodologia de treinamento diferenciada, que te desafia a melhorar a cada dia. Defender uma equipe de ponta, sempre candidata ao título da Superliga, é uma grande responsabilidade, mas todos que fazem parte da equipe trabalham duro para corresponder às expectativas e cobranças, que são naturais.

Essa é a sua segunda temporada na Superliga. Como é pra você ser a substituta de uma jogadora como a Sheilla?
Jú Nogueira: É uma grande responsabilidade, pois a Sheilla é uma jogadora diferenciada e uma das melhores do mundo. Além de atacar de praticamente todas as posições, ela tem uma habilidade e técnica incríveis. Na verdade, procuro não pensar que sou a substituta direta dela, mas sim aprender tudo que eu posso, observando-a nos treinos e em quadra, para quando o time precisar de mim, eu estar preparada e segura.


Você jogou uma temporada na Suíça e também já defendeu a seleção brasileira. Que aprendizado você guarda desses dois momentos da sua carreira?
Jú Nogueira: Foram dois momentos muito importantes não só em termos de carreira, mas de experiência de vida. Minha ida para a Suíça coincidiu com o término do meu tempo de juvenil. Na época, fiquei sem time, um pouco desestimulada, mas apareceu esta oportunidade e eu fui. Nunca tinha saído do país, ainda mais sozinha. Foi um grande aprendizado, pois tive que me virar sem falar o idioma e aprender a conviver com a distância e saudade da família. Quanto à seleção brasileira, sempre foi um sonho, desde quando comecei. Como não fui das seleções de base, a convocação pra seleção sub-23 foi um prêmio, um reconhecimento pela minha 1ª Superliga.

Como é a sua vida no Rio de Janeiro? Do que mais você gosta na cidade?
Jú Nogueira: Adaptei-me muito rapidamente ao Rio, ao estilo de vida da cidade, e me sinto muito à vontade aqui. Gosto do espírito do carioca, da alegria e da beleza da cidade. Não que eu "goste", mas sempre que posso vou à praia com amigos para me distrair e divertir um pouco.


Quem são seus ídolos no vôlei?
Jú Nogueira: Da geração campeã olímpica, sem dúvida a Sheilla, mas admiro outras jogadoras, como a Ana Moser, a Mari, a Sokolova e uma jogadora que não vi jogar, mas que sempre quando vejo vídeos fico impressionada, que é Mireya Luiz.

Como você começou a jogar? Quem te incentivou?
Jú Nogueira: Comecei a jogar ainda na escola, em Santa Bárbara do Oeste, interior de São Paulo. Várias pessoas me incentivaram a jogar vôlei, mas devo especial agradecimento à minha mãe, aos meus técnicos das categorias de base, em Santa Bárbara e Americana, à técnica Sandra Mara Leão, da Uniara (Araraquara), pelos valiosos ensinamentos, e à técnica Bethânia, por me apoiar e acreditar em mim.

Qual é o seu maior sonho?
Jú Nogueira: Chegar à Seleção Brasileira e disputar grandes competições é o sonho de todo atleta que treina em alto nível, e este é um dos meus objetivos dentro do esporte.


Além de jogar vôlei, você tem mais algum talento?
Jú Nogueira: Bom, antes de iniciar no vôlei, eu fazia aulas de teclado, não que seja um talento, mas eu tenho uma certa noção!

Você joga na posição de oposta, mas já jogou de ponteira. Em qual posição você se sente mais à vontade?
Jú Nogueira: Sim, já joguei de ponteira também. Acho que tenho facilidade pra atacar bolas altas, mas preciso aprimorar o meu passe. Atualmente, treino nas duas posições e me dedico bastante, pois acho que o voleibol moderno exige atacantes mais versáteis, que possam jogar em mais de uma posição.

Deixe um recado para os fãs do vôlei.
Jú Nogueira: Gostaria de agradecer a todos os fãs do vôlei e à torcida do Unilever pelo apoio e carinho nos ginásios e através das redes sociais. Quero dizer que nossa dedicação e esforço diários são também pensando em dar-lhes muitas alegrias.

Fonte: Vôlei Brasil - Fotos: Divulgação