terça-feira, maio 13, 2025

Judô feminino brilha em Astana e leva todas as medalhas do Brasil no Grand Slam

Judô feminino brilha em Astana e leva todas as medalhas do Brasil no Grand Slam

As mulheres da Seleção Brasileira de Judô brilharam no Grand Slam de Astana, realizado de 9 a 11 de maio, no Cazaquistão, e trouxeram todas as seis medalhas de bronze do Brasil na competição. Foi a melhor campanha da equipe feminina em etapas do Circuito Mundial desde o Grand Slam de Brasília, em 2019, com destaque para a diversidade de categorias de peso subindo ao pódio. Dos sete possíveis, seis deles tiveram a presença de judocas brasileiras. E, no total, oito das dez atletas convocadas pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) apareceram na classificação final de cada categoria, que contabiliza até o sétimo lugar.

No primeiro dia de disputas, Natasha Ferreira (48kg), Jéssica Pereira (52kg) e Shirlen Nascimento (57kg) faturaram os primeiros bronzes do Brasil na competição. No segundo, Rafaela Silva (63kg) conquistou sua primeira medalha no Circuito Mundial no novo peso, enquanto Luana Carvalho (70kg) garantiu a primeira da carreira. Já no terceiro e último dia, Beatriz Freitas (78kg) foi mais uma que estreou nos pódios de Grand Slam.

Além das seis medalhas, a campeã olímpica Beatriz Souza (+78kg) marcou presença na disputa de bronze do peso pesado feminino, terminando em quinto lugar, enquanto Karol Gimenes (78kg) ficou na sétima colocação do meio-pesado.

“Mais do que as medalhas em si, esse resultado em Astana representa a força do judô feminino brasileiro e do compromisso que temos com o desenvolvimento técnico e humano das nossas atletas. Além disso, demonstra não só a competitividade do nosso judô no circuito internacional, como também a solidez do trabalho que vem sendo feito, na certeza de que estamos no caminho certo para enfrentar os desafios da temporada”, disse Paulo Wanderley, presidente da CBJ.

Para Andrea Berti, treinadora da Seleção Brasileira Feminina, o resultado chegou em um momento importante do processo, já que antecede o Campeonato Mundial Sênior, a principal competição do ano.

“O feminino, sem dúvidas, superou as expectativas. Viemos para este último Grand Slam que antecede o Campeonato Mundial com o objetivo de proporcionar às atletas a oportunidade de aproveitarem a competição, apresentando um melhor desempenho e realizando um maior número de lutas nesse nível competitivo. Esses resultados são extremamente importantes para este momento do processo, pois fortalecem a equipe para os próximos objetivos”, disse.

O desempenho em Astana também evidenciou a evolução técnica das atletas neste início de ciclo. As medalhas conquistadas vieram acompanhadas de vitórias consistentes, todas por ippon, contra adversárias bem ranqueadas, e por resultados inéditos para algumas judocas. Inclusive em categorias que estão passando por processo de renovação.

“Individualmente, as atletas demonstraram um melhor desempenho técnico-tático durante as lutas, vencendo adversárias que as haviam superado em competições anteriores ou que estão melhor posicionadas no ranking mundial em suas respectivas categorias. Além disso, tivemos atletas que conquistaram a sua primeira medalha em Grand Slam em categorias como a 70kg e 78kg, que precisamos fortalecer e que são fundamentais para este ciclo rumo a Los Angeles”, destacou Andrea.

Somados aos seis bronzes no Grand Slam de Astana, a Seleção Feminina ainda tem, neste ano, mais duas pratas e um bronze no Open Europeu de Varsóvia, e outras oito medalhas no Campeonato Pan-Americano e Oceania, sendo quatro ouros, uma prata e três bronzes.

O próximo desafio da temporada será no Campeonato Mundial Sênior, na Hungria, de 13 a 20 de junho.

Foto: Divulgação/CBJ