quinta-feira, julho 31, 2025

Como grandes empresas estão gerando valor com projetos de impacto socioambiental positivo

Como grandes empresas estão gerando valor com projetos de impacto socioambiental positivo

Companhias como Itaú, Natura, C6 Bank, Ambev e Ajinomoto apostam em ações de sustentabilidade e impacto socioambiental positivo para fortalecer cultura organizacional, ativar marcas com propósito e ampliar seus negócios.

Falar de sustentabilidade e propósito já não é novidade nas estratégias corporativas das empresas mais organizadas e progressistas. O discurso se espalhou, mas o desafio agora é outro: como tornar essas pautas tangíveis, conectadas com resultados reais e que de fato façam com que os executivos adotem práticas sustentáveis em seus negócios. Em vez de iniciativas promovidas de dentro do escritório e pouco aderentes à realidade das comunidades na ponta, organizações estão encontrando maneiras criativas de construir ações concretas, de campo, para fortalecer sua cultura, engajar colaboradores e construir uma reputação sólida junto a seus públicos de interesse.

Um exemplo disso são as experiências imersivas que têm servido como catalisadores de transformação pois promovem integração entre equipes, ampliam o senso de pertencimento e ajudam as empresas a colocarem em prática o que pregam em seus relatórios de ESG (Environmental, Social and Governance), campanhas de marca ou ações de Recursos Humanos. E o impacto não é só simbólico, ele se reflete em produtividade, inovação, oportunidades de negócios e vínculos mais concretos com o propósito institucional.

Imersão na tecnologia e bioeconomia amazônica

A Expedição Amazônia ao Cubo é um exemplo de impacto. A iniciativa foi cocriada entre o Cubo Itaú e a Vivalá — Turismo Sustentável no Brasil, em Belém do Pará — um polo estratégico da Amazônia brasileira. A jornada reuniu 50 executivos e lideranças de diversos setores como logística, mercado financeiro, mineração, academia, governo e startups, promovendo uma imersão intensa de três dias sobre inovação, bioeconomia e empreendedorismo sustentável. A programação integra visitas a instituições como o Instituto Tecnológico Vale, Fundação Guamá, Saint-Gobain e startups da Açaí Valley e Assobio, além de experiências culturais e gastronômicas que revelam a riqueza e o potencial da região.

A expedição aproxima diferentes atores de uma Amazônia viva, complexa e estratégica, ampliando o olhar sobre seus desafios e, sobretudo, suas oportunidades. Por meio de rodas de conversa, encontros com empreendedores locais e trocas com projetos de base comunitária, o grupo é convidado a refletir sobre como gerar impacto positivo e construir parcerias reais para o desenvolvimento sustentável da região.

Preparação de imersões para a COP30, aproximando stakeholders das comunidades fornecedoras

A Natura, reconhecida por suas cadeias de valor sustentáveis, também está ampliando seu impacto positivo por meio de vivências em campo que aproximam executivos e públicos estratégicos de temas como sustentabilidade. Em parceria com a Vivalá, está desenvolvendo um programa de vivências em comunidades tradicionais do Pará que fornecem matéria-prima para diversas linhas de produtos da marca. Dessa forma, consultoras, investidores, colaboradores, imprensa, clientes e outros públicos de interesse poderão ver de perto como se desenvolvem as ações sustentáveis da Natura.

O programa desenvolvido pela Natura em parceria com a Vivalá mostra, na prática, como as ações sustentáveis da empresa geram impacto positivo na vida das pessoas. O projeto está sendo construído em etapas que envolvem escuta ativa das comunidades fornecedoras, visitas aos territórios, mapeamento das experiências que podem ser vividas ali e preparação para receber visitantes para sentir a força do trabalho feito na ponta e se conectar com os valores que movem a marca. Nos próximos meses, serão lançados roteiros turísticos que valorizam saberes locais, geram renda e colocam a floresta, e quem vive dela e com ela, no centro da experiência.

Programa de capacitação financeira para micro e pequenos empresários com o DNA do C6 Bank

Aliando seu DNA com sua visão de impacto positivo, o C6 Bank criou a Jornada Financeira, que oferece oficinas de educação financeira em comunidades de diferentes biomas brasileiros, beneficiando centenas de pessoas e desde 2024, o projeto é executado pela Vivalá. A 4ª edição da Jornada foi até o Mato Grosso (MT), passando por Chapada dos Guimarães, Cuiabá e Poconé, no Pantanal.

Foram mais de 200 pessoas físicas e pequenos empreendedores impactados. “O C6 Bank nasceu com a missão de transformar a experiência das pessoas com os serviços financeiros. A jornada está conectada com esse propósito, oferecendo educação financeira para que as pessoas consigam mudar a relação com o dinheiro, transformando-o em um aliado da construção de sonhos”, afirma Daniella Donadio, responsável pela área de ESG do C6 Bank.

“A gente sabe o tanto que o interior do Brasil tem de necessidade e a ideia é realmente apoiar as pessoas gratuitamente para que elas estejam cada vez mais aptas a atingirem seus objetivos. Com parceiros que compartilham desse propósito, como o C6 Bank, conseguimos conectar a expertise da empresa à necessidade das comunidades na ponta, gerando impacto real na vida das pessoas”, conclui Daniel Cabrera, diretor executivo e cofundador da Vivalá.

Programas de imersão, viagens de incentivo e cultura colaborativa

Empresas que enfrentam os desafios de times híbridos ou em crescimento têm encontrado nas experiências imersivas da Vivalá uma forma de fortalecer vínculos, gerar engajamento e alinhar valores — com impactos diretos na produtividade e no clima organizacional.

Foi o que aconteceu com a Ambev, que buscava uma experiência marcante para seu time. Rodrigo Haddad, gestor da empresa, levou o grupo para uma imersão de um dia em São Paulo, com foco em afroturismo. O roteiro explorou as raízes negras do bairro do Bixiga e seus marcos culturais. “Além de ancestralidade, história e signos culturais presentes na rotina e estética da cidade, aprendemos a oferecer experiências diferentes para os colaboradores, saindo do óbvio e gerando uma super conexão entre eles. Alguns nunca tinham explorado a cidade em que foram morar a trabalho, outros nunca tinham tido tempo de qualidade com seus pares. A Vivalá nos proporcionou um dia único”, relembra Haddad.

Na Ajinomoto, a área de Trade Marketing tem buscado integrar os objetivos comerciais da marca com uma atuação mais consciente, alinhada aos pilares de sustentabilidade e responsabilidade social da empresa. Em 2024, a equipe de Trade Marketing participou de uma expedição à Terra Indígena Tenondé Porã, no extremo sul da cidade de São Paulo, em parceria com a Vivalá. A experiência foi desenhada para acolher os novos membros do time e, ao mesmo tempo, proporcionar uma vivência cultural profunda com as comunidades indígenas do território. Durante a imersão, os colaboradores tiveram contato com práticas sustentáveis locais, formas coletivas de organização e lideranças femininas indígenas.

“O contato direto com as comunidades indígenas proporcionou uma nova visão sobre sustentabilidade — uma que valoriza o saber ancestral, o equilíbrio com a natureza e a coletividade como essência da vida em sociedade. Foi uma vivência potente, que nos lembrou que inovação também significa resgatar e respeitar o que já existe e resiste com sabedoria há séculos”, conta Sandra Oliveira, gerente sênior de marketing da Ajinomoto.

O Grupo Gaia, referência em investimentos de impacto, transformou o aniversário da empresa em uma viagem para a Amazônia. A iniciativa não apenas celebrou uma data importante, como também serviu como ferramenta de reconexão com os valores da organização. “A felicidade não é individual, ela é compartilhada. Vir para a Amazônia foi muito forte porque a gente pôde se conectar com a verdadeira riqueza da vida”, afirmou João Paulo Pacífico, CEO do grupo. A experiência teve repercussão dentro e fora da empresa, fortalecendo a identidade da equipe e alinhando ainda mais o discurso com a prática.

Além das ações de incentivo e integração, algumas empresas têm apostado em formatos mais permanentes, como convênios e clubes de benefícios que garantem descontos em roteiros de turismo sustentável para seus colaboradores. A proposta é simples, mas carrega uma mudança de perspectiva: ao facilitar o acesso a esse tipo de vivência fora do ambiente corporativo, as empresas demonstram atenção à vida das pessoas para além do trabalho, reconhecendo o valor do descanso, da conexão com a natureza e do contato com outras realidades. É o caso de soluções oferecidas pela Vivalá, que têm sido incorporadas por áreas de RH interessadas em promover bem-estar, engajamento e uma cultura mais conectada às pautas socioambientais.

Ativação de marca com propósito e conexão real com públicos

No universo do marketing, a pressão por posicionamentos autênticos e ações com impacto verdadeiro, longe do greenwashing, nunca foi tão intensa. Consumidores, investidores e colaboradores exigem coerência: não basta falar de valores, é preciso colocá-los em prática. As marcas estão encontrando nos povos ancestrais brasileiros, em parceria com a Vivalá, uma forma de construir narrativas de marca mais robustas e verdadeiras, com ações que envolvem comunidades tradicionais e geram experiências de propósito compartilhadas.

A Pantys, primeira marca de calcinhas absorventes do Brasil, já realizava campanhas de combate à pobreza menstrual voltadas a diferentes grupos de mulheres, como adolescentes de escolas públicas e moradoras de periferias urbanas. Quando decidiu realizar uma ação presencial junto a povos indígenas, buscou a Vivalá para desenhar uma experiência que unisse propósito, escuta e presença. A proposta foi transformar a entrega de doações em uma vivência imersiva: um grupo com cerca de 30 pessoas, entre equipe da Pantys, clientes e parceiros, viajou até o território indígena para participar diretamente da ação.

A experiência incluiu rodas de conversa com lideranças femininas e trocas sobre saúde menstrual. “Quando vi essa proposta de expedição, percebi que seria uma oportunidade legal para convidar clientes da marca a fazer parte e ajudar com uma doação. Inclusive, eu levei minha filha também para conhecer o lugar e ter um pouco desse conhecimento, ter contato com esse mundo bem diferente da realidade da São Paulo urbana”, afirmou Emilly Ewell, CEO da Pantys. A experiência se tornou um momento de conexão genuína com a causa que move a empresa, fortalecendo os laços com clientes e a consciência sobre desigualdade menstrual.

Estratégias que geram valor

Com presença em 30 unidades de conservação em cinco biomas brasileiros, a Vivalá tem atuado ao lado de empresas no desenvolvimento de projetos de sustentabilidade que articulam diferentes áreas da organização, como RH, ESG e Marketing, e têm sido utilizados para promover integração entre equipes, ampliar o conhecimento sobre temas ligados ao meio ambiente e gerar aprendizados em contextos fora do ambiente corporativo, potencializando impacto, reputação e resultado.

“O que a gente faz não é uma ação pontual, dentro do escritório, pra cumprir tabela, incluir no relatório de gestão e postar na rede social. É uma construção conjunta, estratégica, com empresas e comunidades, para promover a sustentabilidade de forma real, estruturada e de longo prazo gerando valor para todo mundo: para a empresa e seus públicos de interesse, os biomas e biodiversidade brasileira e também para as comunidades tradicionais do país”, explica Daniel Cabrera, diretor executivo da Vivalá.

Sobre a Vivalá

A Vivalá atua no desenvolvimento de programas de impacto socioambiental positivo no Brasil, atendendo algumas das maiores organizações do país, com agendas de inovação, bioeconomia, tecnologia, cultura tradicional e responsabilidade social, promovendo experiências que buscam ressignificar a relação que as pessoas têm com o Brasil. Atualmente, a Vivalá atua em 30 unidades de conservação do país, contemplando os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Caatinga, e trabalha em conjunto com mais de 1.600 famílias envolvidas na operação.

Com 16 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais da Organização Mundial do Turismo, ONU Meio Ambiente, Braztoa, Embratur, Abeta, Fundação do Grupo Boticário, Yunus & Youth, entre tantos outros. A Vivalá tem uma operação 100% carbono neutro e éuma empresa B certificada, tendo a maior nota do setor no Brasil e a 7ª maior no mundo. Até o final de 2024, a Vivalá já contava com mais de 5 mil clientes, além de ter injetado mais de R$ 7 milhões em economias locais através da compra de serviços de base comunitária. Para mais informações, acesse: https://www.vivala.com.br/

Foto: Divulgação Vivalá