Técnicas são destaque no Vôlei Master 2025
Se não tem sido fácil ver treinadoras à beira da quadra no voleibol profissional, o Vôlei Master chega para contrariar essa estatística. Carol, Mirane e Lucilene são algumas das treinadoras presentes na competição que atrai gente de todo o país ao Centro de Desenvolvimento de Voleibol – Saquarema Enel Brasil. No evento, as técnicas mulheres são figurinhas carimbadas e respeitadas.
Carol Oliveira é de Porto Alegre (RS), foi jogar em Fortaleza (CE) quando ainda era atleta profissional de vôlei de praia, em 2005, se sentiu muito bem recebida e nunca mais saiu. Na capital cearense, a treinadora atua na quadra e na praia, em diferentes categorias.
No Vôlei Master 2025, Carol tem duas duplas e dois quartetos na praia e dois times na quadra. E, mesmo dirigindo seis equipes, Carol ainda destaca que, esse ano, o grupo foi pequeno. “Como o calendário de viagem foi muito grande, a gente veio com poucas atletas lá de Fortaleza. Também já tínhamos classificação para a Superliga Master 2026, então outros times não vieram”, explicou Carol.
A treinadora tem uma vida dedicada ao voleibol e se declara mais uma apaixonada pela modalidade.
“O vôlei é uma paixão desde os 10 anos de idade. Vou fazer 49 e a minha vida é o vôlei. A minha família entende muito bem isso. Os locais que eu trabalho, não só as minhas atletas, seja na base ou no master, todo mundo me ajuda muito. Acho que esse é o segredo. Ter uma boa relação com os meus parceiros, clubes, dirigentes e eles sabem que eu me doo o tempo todo. Não é fácil porque acaba que eu sempre fico em falta com alguém, mas, por eu me doar demais, sempre tem a recompensa”, destacou Carol.
Técnica na categoria 63+ e atleta na 50+, Mirane Rodrigues, de 55 anos, ressalta que o vôlei, que já era sua paixão, se tornou, também, o seu sustento. Encantada com o Master, a treinadora faz questão de estar presente ao maior evento da categoria desde 2011.
“Eu sou da Educação Física. Jogo vôlei desde os 11 anos de idade, hoje estou com 55, e comecei a dirigir a equipe master há oito anos. É uma delícia. O voleibol sempre foi a minha paixão e ele se tornou o meu ganha pão. Eu tenho uma escolinha em Goiânia e eu amo o meu trabalho e é um prazer enorme estar aqui no Master. Isso aqui é uma terapia”, afirmou Mirane.
Lucilene de Oliveira, de 55 anos, jogou vôlei na categoria infanto, foi seleção mineira, mas, na sequência, a baixa estatura e uma lesão no joelho impediram o prosseguimento da carreira. Nesse momento, ela já se tornou técnica e nunca mais deixou a trajetória de lado.
“Já tem 20 anos que sou técnica e estou com essa turma da AABB Belo Horizonte há praticamente todo esse tempo. Nós começamos com 45, depois 50, 55, 60 e agora estamos no 63+. É muito gratificante porque, nessa fase da idade, às vezes com 70 anos, elas já tiveram filhos, netos, e continuam jogando e jogando bem. Para mim, dar treino para elas é um presente de Deus”, concluiu Lucilene.
O Vôlei Master 2025 é a maior competição da categoria no país, atraindo atletas de todo o país e classifica 34 equipes para a Superliga Master 2026.
