terça-feira, abril 10, 2012

Entrevista com Karine Guerra

Karine diz viver momento especial na carreira e comenta amizade com Fabíola
A entrevistada de hoje é a levantadora Karine.

Além do voleibol, quais assuntos lhe interessam?
Karine: Gosto de atualidades, coisas relacionadas a casa, porém o que mais me encanta são os assuntos bíblicos. Então, vou muito à igreja, leio a bíblia e livros com embasamento religioso. Gosto de acompanhar outros esportes, um deles é o tênis. Além dessas coisas, amo geografia e história. Então, tenho um leque grande assuntos que me interessam. 

O que vocês faz em dias de folga?
Karine: Como os dias de folgas são escassos, procuro mesmo descansar, ficar em casa. Durmo mesmo, tento me alimentar bem e também limpo a casa. Quando há um tempo maior de folga, vou viajar. Gosto de ir à praia, campo, fazenda. Tenho alguns amigos que foram em outras cidades e que suprem essa minha necessidade de arejar a cabeça e não assistir televisão ou acessar a internet. 

Como você faz para se informar?
Karine: Assisto bastante os canais que passam notícias 24 horas, gosto de ver documentários em alguns canais específicos. Leio algumas revistas, mas são raras. Acesso a internet pelo telefone e vejo os jornais do dia também. 


Você se considera vaidosa?
Karine: Depois que comecei a me considerar uma mulher entrando na maturidade (risos), tive que adotar alguns cuidados, mas não são diários só que gostaria que fossem. Gostaria de ter uma rotina com meus cremes, poderia me cuidar mais nesse sentido, mas às vezes esqueço um pouco de mim mesma, porque sou uma pessoa muito focada. Desde que comecei a ter o vôlei como uma prioridade da minha vida, esqueci um pouco de mim mesma em alguns aspectos. Acredito que poderia cuidar mais do meu cabelo, fazer umas massagens para dar uma ‘ajeitada’ onde já está caindo (risos). Por isso, se alguém for me comparar com as meninas vai acabar percebendo que não sou muito vaidosa.

Você tem algum cuidado especial com a sua alimentação?
Karine: Tenho um problema grave com doce, não posso comer porque meu metabolismo desregula totalmente. Então, tento comer muitas frutas, verduras e legumes. Não posso comer muito queijo e carne, porque já tive alguns problemas de saúde, por isso, prefiro evitar. Procuro manter uma alimentação saudável, mas nem sempre consigo por causa do cansaço. Acabo cozinhando algo mais rápido para poder descansar.

Como surgiu o voleibol na sua vida? 
Karine: Meu pai é professor de educação física, então um dos primeiros cuidados que meus pais tomaram comigo e com as minhas irmãs foi aprender a nadar. É algo bem importante para as crianças. Ainda mais a gente que vivia na praia e eles ficavam preocupados. Os outros esportes foram surgindo na escola. Somos três filhas e éramos bem arteiras, por isso, eles nos colocavam para fazer muitas atividades. Então, comecei com natação, ginástica olímpica, futebol, atletismo, vôlei, basquete. Mas chegou um momento que não dava para conciliar tudo, porque já levava as coisas bem a sérias. Os últimos que fiquei foram o vôlei e o basquete, mas acabei optando pelo voleibol.


Quando começou a amizade com a Fabíola?
Karine: Nossa amizade começou quando fomos jogar no Minas. No início eu não gostava muito dela não, mas tínhamos uma amiga em comum que é a Ciça. A atitude da Fabíola em relação a mim foi fundamental para essa amizade. A Ciça sempre me dizia que Fabíola era uma pessoa boa, agradável, mas eu não via isso. Então, acabei observando as atitudes dela e percebi que a Ciça tinha mais razão do que eu. Assim, de companheira de treino, a Fabiola virou minha amiga e de amiga passou a ser minha irmã. Nossa amizade já faz mais de cinco anos, mas mesmo assim nós temos muitas diferenças, ela é bem mais sociável do que eu, sou mais fechada. A cada dia tenho aprendido muito com ela em vários aspectos. Até me aproveito da situação, porque curto a filha dela já que não tenho. Tenho a família dela, praticamente, como uma extensão da minha. Também a minha família gosta muito dela. Então, é uma amizade que ultrapassou as linhas da quadra. Por isso, independente de onde nós estejamos isso é eterno. 

Você está passando por um dos melhores momentos da sua carreira?
Karine: Sim, estou passando por um deles. Após o jogo contra o Minas, algumas pessoas que encontrei comentaram a minha emoção. Isso porque nem joguei essa partida, mas para mim esse momento está sendo emocionante, pois diferente de outras jogadoras não estou no início de uma carreira, já estou no começo do fim e nesse momento chegar em uma final de Superliga é gratificante. Algumas pessoas dizem: ‘ah, mas você é reserva’, eu respondo: ‘a vitória da minha equipe, é minha também’. Conquisto isso diariamente com minhas companheiras de time. Cada jogadora tem o seu papel e estou muito feliz com o meu. 

Fonte/fotos: Sollys Vôlei