terça-feira, 20 de janeiro de 2015

RELIGIÃO: Hoje é dia de São Sebastião, padroeiro de dezenas de cidades pelo Brasil. Você conhece a história deste Santo?

Hoje é dia de São Sebastião, padroeiro de dezenas de cidades pelo Brasil. Você conhece a história deste Santo?

É comemorado nesta terça-feira (20) o dia de São Sebastião, conhecido como protetor da humanidade contra a fome, a peste e também protetor das pessoas feridas e com doenças contagiosas. Em todo o Brasil, dezenas de cidades têm o santo como padroeiro, como o Rio de Janeiro que completa 450 anos de fundação em março. Uma maratona, uma encenação teatral em formato de musical e uma procissão com a imagem histórica de São Sebastião são algumas das atividades oficiais previstas. 

De acordo com a Arquidiocese, será a segunda vez desde 1958 que a imagem de São Sebastião deixará a Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, zona norte do Rio - a primeira foi por ocasião dos 500 anos do descobrimento, em 2000. Ela será levada até a Catedral Metropolitana, no centro.De acordo com a Arquidiocese, será a segunda vez desde 1958 que a imagem de São Sebastião deixará a Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, zona norte do Rio - a primeira foi por ocasião dos 500 anos do descobrimento, em 2000. Ela será levada até a Catedral Metropolitana, no centro.

Santo

Nascido em Narbone, na Gália, recebeu Sebastião educação em Milão, terra natal de sua mãe. Cristão, nunca se envergonhou de sua religião. Vendo as tribulações sofridas pelas perseguições atrozes que sofriam, alistou-se nas legiões do imperador com a intenção de mitigar os sofrimentos destes cristãos, seus irmãos em Cristo. A figura imponente, bravura e prudência tanto agradaram ao imperador, que o nomeou comandante da guarda imperial. Nesta posição elevada tornou-se o grande benfeitor dos cristãos encarcerados. Tendo entrada franca em todas as prisões, ia visitar as pobres vítimas do rancor e ódio pagão, e com palavras e dádivas consolava e animava os candidatos ao martírio. Dois irmãos, Marco e Marceliano, não se acharam com coragem de afrontar os horrores da tortura e aconselhados pelos pais e parentes, resolveram-se a sacrificar aos deuses. Mal teve ciência disto, Sebastião procurou-os e com sua palavra cheia de fé, reanimou os desfalecidos e vacilantes, levando-os a perseverar na religião e antes sacrificar tudo que negar a fé. Profunda comoção apoderou-se de todos que assistiam a esta cena. Marco e Marceliano cobraram ânimo e prometeram a Sebastião fidelidade na fé até à morte. Uma das pessoas presentes era Zoé, esposa do funcionário imperial Nicostrato. Esta pobre mulher estava muda há seis anos. Impressionada pelo que presenciara, prostrou-se aos pés de Sebastião, procurando por sinais interpretar o que lhe desejava dizer. Sebastião fez o sinal da Cruz sobre ela e imediatamente Zoé recuperou o uso da língua. Ela e o marido converteram-se ao cristianismo. Este exemplo foi imitado pelos pais de Marco e Marceliano, pelo carcereiro Cláudio e mais 16 pessoas. Todos receberam o santo batismo das mãos do sacerdote policarpo, na casa de Nicostrato.

A conversão destas pessoas em circunstâncias tão extraordinárias, chamou a atenção do prefeito de Roma, Cromâncio. Sofrendo horrivelmente de Reumatismo e sabendo que o pai de Marco e Marceliano pelo Batismo tinha ficado curado do mesmo mal, manifestou o desejo de conhecer a religião cristã. Sebastião deu-lhe as instruções necessárias, batizou-o com seu filho Tibúrcio e curou-o da doença. Tão grato ficou Cromâncio, que pôs em liberdade os cristãos encarcerados seus escravos, e renunciou ao cargo de prefeito. Retirando-se da cidade para sua casa de campo, deu agasalho aos cristãos, acossados pela perseguição.

Esta recrudesceu de uma maneira assustadora. O Santo Papa Caio chegou a aconselhar os cristãos e o próprio São Sebastião para se retirar da cidade, mas São Sebastião preferiu ficar em Roma, mesmo que isso culminasse em seu martírio. Muito tempo não levou e Deocleciano soube, por uns cristãos apóstatas, que Sebastião era cristão e grandes serviços prestava aos encarcerados. Chamou-o à sua presença e repreendeu-o, tentando incansavelmente convencê-lo a abandonar a religião de Cristo. Todas as argumentações e tentativas de Dioclesiano esbarraram de encontro à vontade inflexível do militar. Sem mais delongas, deu ordem aos soldados que amarrassem o chefe a uma árvore e o asseteassem, tendo a ordem sido cumprida imediatamente. Os soldados despiram-no, ataram-no a uma árvore e atiraram-lhe setas em tanta quantidade quanto acharam necessárias para matar um homem e deixaram a vítima neste mísero estado, supondo-o morto.

Alta noite chegou-se Irene, mulher do mártir Castulo, ao lugar da execução para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com grande admiração, encontrou-o com vida, levando-o para casa e tratando com todo o desvelo.

Restabelecido, o herói procurou o imperador e, sem pedir audiência, apresentou-se-lhe, acusando-o de grande injustiça, por condenar inocentes, como eram os cristãos, a sofrer e a morrer. Dioclesiano, a princípio, não sabia o que pensar e dizer, pois tinha por certo que Sebastião não existia mais entre os vivos. Perguntando-lhe quem era, disse-lhe: "Sou Sebastião, e o fato de eu estar vivo, devias concluir que é poderoso o Deus, a quem adoro, e que não fazes bem em perseguir-lhe os servos. Enfurecido, Dioclesiano ordenou aos soldados que o matassem com paus e bolas de chumbo na presença do povo. Os algozes cumpriram a ordem e , para subtrair o cadáver à veneração dos cristãos, atiraram-no à cloaca máxima. Uma piedosa mulher, Santa Luciana, porém, achou-o e tirou-o da imundície e sepultou-o aos pés de São Pedro e São Paulo, isto em 287. Posteriormente, em 680, as relíquias foram transportadas solenemente para uma Basílica, construída por Constantino. Naquela ocasião grassava uma peste em Roma, que vitimou muita gente. A terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação, e esta é a razão porque os cristãos veneram em São Sebastião o grande padroeiro contra a peste. Em outras ocasiões se verificou o mesmo fato; assim no ano de 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ficando estas duas cidades livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião.


Oração a São Sebastião

Glorioso mártir São Sebastião, 
soldado de Cristo 
e exemplo de cristão, 
hoje vimos pedir 
a vossa intercessão 
junto ao trono do Senhor Jesus, 
nosso Salvador, 
por Quem destes a vida. 
Vós que vivestes a fé 
e perseverastes até o fim, 
pedi a Jesus por nós 
para que sejamos 
testemunhas do amor de Deus. 
Vós que esperastes com firmeza 
nas palavras de Jesus, 
pedi-Lhe por nós, 
para que aumente 
a nossa esperança na ressurreição. 
Vós que vivestes a caridade 
para com os irmãos, 
pedi a Jesus para que aumente 
o nosso amor para com todos. 
Enfim, glorioso mártir São Sebastião,
protegei-nos contra a peste,
a fome e a guerra; 
defendei as nossas plantações 
e os nossos rebanhos, 
que são dons de Deus para o nosso bem 
e para o bem de todos. 
E defendei-nos do pecado, 
que é o maior 
de todos os males. 
Assim seja.