quarta-feira, 13 de abril de 2016

COMPETIÇÃO: Equipe de estudantes de Pato Branco (PR), monta protótipo que roda 400 Km com 1 litro de etanol

Equipe de estudantes de Pato Branco (PR), monta protótipo que roda 400 Km com 1 litro de etanol

A equipe paranaense Pato a Jato concorre na categoria combustível alternativo, na competição realizada em Detroit. Divulgação UTFPR

A equipe "Pato a Jato" da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) irá pelo segundo ano consecutivo para os Estados Unidos participar da Shell Eco-marathon Americas. Desta vez dez dos dezoito alunos da equipe levarão na bagagem um protótipo de um carro capaz de rodar 400 Km com apenas 1 litro de etanol. 

A competição que tem como desafio os alunos projetarem e construirem protótipos com alta eficiência energética, acontece em Detroit, entre os dias 22 e 24 de abril e os paranaenses concorrem nas categorias Bateria, Gasolina, Combustíveis Alternativos, Diesel, Hidrogênio e CNG (Gás Natural Comprimido). 

O protótipo feito de fibra de carbono pesa 37 quilos, 13 quilos a menos do que o modelo do ano passado. Divulgação UTFPR

No ano passado, 2015, a equipe ficou em segundo lugar na categoria "Combustível Alternativo", ao fazer um protótipo rodar 316 Km com 1 litro de etanol, concorrendo com equipes de universitários do Canadá, Guatemala, México e Estados Unidos, além de outras quatro equipes brasileiras. 

Para este ano, a "Pato a Jato" leva a versão 2.0 do "Popygua", protótipo que faz referência ao nome da cidade paranaense onde se situa o campus em que os alunos estudam e tem fibra de carbono e apenas 37 quilos, sendo 13 quilos mais leve do que o usado em 2015, que era de fibra de vidro. 

Bruno Bellini Medeiros que é professor de metalurgia na UTFPR e um dos coordenadores da equipe a expectativa é grande e positiva: “Nossa previsão é de que o novo protótipo alcance a marca de 400 quilômetros por litro, mas não trabalhamos com metas, apenas queremos que nossa pesquisa melhore a ponto de refletir na melhora da eficiência energética do protótipo e na redução de poluentes a cada edição”.

E eles ainda querem ir mais longe: construir o próprio motor para utilizar em uma próxima criação, a qual deve ficar pronta em até dois anos. 

“A maioria das equipes utiliza motores adaptados de roçadeiras ou cortadores de grama, por exemplo. Já começamos os estudos para a construção de um nosso. O processo para a criação de um motor é complexo, mas, quando ele ficar pronto, devemos dar um salto bem significativo” - aposta Mateus Sérgio Rizzi, capitão da equipe. 

Fonte: Gazeta do Povo