quarta-feira, 8 de junho de 2016

RIO 2016: Conferência no Rio de Janeiro debate papel dos Jogos Olímpicos na busca pela paz

Conferência no Rio de Janeiro debate papel dos Jogos Olímpicos na busca pela paz

Como o esporte pode ajudar os homens a alcançarem o fim dos conflitos armados? Respostas possíveis para essa pergunta estão na essência da conferência 100 Dias pela Paz, que acontece no próximo dia 23 no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Promovido pela Pastoral do Esporte da Arquidiocese do Rio, o evento contará com palestras e debates abordando o tema.


O presidente do Comitê Rio 2016 Carlos Arthur Nuzmán, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) Andrew Parsons e o italiano Mario Pescante, representante do Comitê Olímpico Internacional (COI), são alguns dos nomes que constam na programação da iniciativa. Além dos bate-papos, estão previstas atividades em 8 escolas e uma exposição com imagens inéditas dos Arquivos Secretos do Vaticano relacionadas ao mundo do esporte.

Entre as fotos da mostra, está o registro do momento em que o Papa Francisco abençoou a bandeira Olímpica no Rio, durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Foi a primeira vez que um líder da Igreja Católica protagonizou uma ação desse tipo na história.
Por que 100 dias?


Cerimônia de acendimento da tocha Olímpica na Grécia, em maio 

O nome 100 Dias pela Paz é uma alusão à chamada trégua Olímpica, criada na Grécia no século VIII a.C. Naquele tempo, foi criada a tradição de se interromper as guerras sete dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos e de só retomá-las sete dias depois do encerramento. Posteriormente, o prazo foi extendido de sete para 50 dias, dando origem aos tais 100 dias. Originalmente, a ideia era permitir que atletas, artistas e famílias pudessem viajar em segurança para ver as competições.

Ao criar o COI no fim do século XIX, o Barão de Coubertin retomou a tradição da trégua, que foi abraçada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992. Desde então, a cada edição dos Jogos Olímpicos, o órgão emite uma resolução que pede aos países que interrompam os confrontos sete dias antes do início dos Jogos Olímpicos e sete dias depois do fim dos Jogos Paralímpicos. No caso do Rio 2016, o documento foi aprovado em 26 de outubro de 2015.

Fotos: Divulgação Vaticano e Rio2016/André Luiz Mello