Amanda, talismã da Unilever, busca o seu sexto título da Superliga

Rio de Janeiro - Há quem diga que ela é o talismã do time. Outros preferem chamá-la de jogadora curinga. O fato é que, há nove temporadas, a ponteira Amanda vem fazendo história na Unilever, time que defende desde 2004. Dona de um saque balanceado, "chato" de receber, ela costuma entrar nas partidas da Superliga em momentos difíceis com o objetivo de quebrar a recepção do adversário e, de preferência, marcar pontos diretos para sua equipe.
Quem acompanhou a segunda partida da semifinal contra o Sesi-SP, no dia 16 de março no Maracanãzinho, vencido pela Unilever por 3 a 0, pode ver como o "poderoso" saque da jogadora é capaz de ajudar bastante a sua equipe. Ela, que entrou no decorrer da partida para sacar e ajudou a equipe a chegar à vitória, principalmente no segundo set, recebeu, na ocasião, o troféu Viva Vôlei, como a melhor em quadra. Também foi reconhecida pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) como a mais eficiente no fundamento entre todas as atletas que participaram da rodada da segunda semifinal, que teve, ainda, o confronto entre Vôlei Amil e Sollys/Nestlé.
"No banco, aprendi a ficar muito focada no jogo. Procuro perceber qual a passadora do time adversário que não está bem. Porém, o mais importante é entrar de forma positiva, transmitir uma energia boa para as meninas em quadra", diz Amandinha, como é carinhosamente chamada pelo grupo. "Nem sempre o saque precisa ser forçado com o intuito de fazer um ace. Às vezes, precisa ser tático. Tento fazer no treino o que é mais provável que o Bernardo (técnico Bernardinho) possa pedir no jogo, dependendo de cada adversário", acrescenta a jogadora de 24 anos, natural de Recife (PE) e criada em Natal (RN).
Final equilibrada
Além de sacar bem, a jogadora também defende e passa com maestria. Sobre a final da Superliga contra o Sollys/Nestlé, no próximo dia 7 de abril, em São Paulo, Amanda conhece bem o valor do adversário, o qual enfrentou nas últimas oito finais consecutivas. "Por enquanto está 1 a 1. A Unilever venceu no primeiro turno da fase classificatória e elas deram o troco no segundo turno. O equilíbrio foi evidente já que ambas as partidas foram decididas no tie break. A final certamente será das mais difíceis", avalia. Segundo Amanda, a sua torcida é sempre para que o time jogue bem e não precise dela. "Mas se elas precisarem estarei pronta para tentar ajudar", avisa.
Com cinco títulos nacionais conquistados pela Unilever, Amanda é, ao lado da ponteira Régis, de 26 anos, a jogadora com mais tempo de casa no time carioca. Ela chegou à equipe com apenas 16 anos. Jogando pela Unilever concluiu o Ensino Médio e, neste mês de março, formou-se em Administração de Empresas. "Consegui cumprir meus dois objetivos iniciais para 2013: terminar a faculdade e chegar à final da Superliga. Agora quero muito esse título".
Para a decisão, a Unilever permanece em treinamento diário, em dois períodos, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca. O time carioca já disputou 11 finais e, nas últimas oito consecutivas, teve o Sollys/Nestlé como adversário. A Unilever venceu cinco vezes.
Além de heptacampeã da Superliga, a equipe soma no currículo dez títulos estaduais, os últimos nove consecutivos. Nesta temporada, algumas jogadoras e o técnico Bernardinho são personagens da campanha "Se você tem orgulho do Rio, vai sentir o mesmo desse time", que aproxima ainda mais a equipe da comunidade do Rio de Janeiro.
Fonte e foto: Unilever Oficial