São Carlos celebrou Virada Inclusiva 2025 com destaque para os 10 anos da Lei Brasileira de Inclusão
A Virada Inclusiva 2025 movimentou São Carlos com uma programação marcada por debates, atividades culturais e ações voltadas ao fortalecimento dos direitos das pessoas com deficiência. Neste ano, o evento ganhou relevância especial por celebrar os 10 anos da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), marco legal que ampliou garantias e políticas públicas para esse público.
A abertura ocorreu em 2 de dezembro, com um debate realizado em parceria com a Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB São Carlos. O encontro discutiu os avanços conquistados desde a implementação da LBI e reforçou a importância da proteção e promoção dos direitos das pessoas com deficiência. Para o secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Paradesportos, Rafinha Almeida, o início da programação foi “muito positivo” e essencial para fortalecer o diálogo sobre inclusão e combater o capacitismo. “Conversamos sobre como a LBI transformou a vida das pessoas com deficiência ao longo dos últimos anos e sobre os desafios que ainda precisamos enfrentar”, afirmou.
No dia 4, o Paço Municipal sediou o Encontro de Ideias – Quebrando Barreiras, Construindo Inclusão, reunindo sociedade civil e servidores públicos. A proposta foi aproximar profissionais do atendimento público das vivências reais de pessoas com deficiência. Entre os convidados estavam Alexandre Amaral, pessoa com deficiência visual e bacharel em Serviço Social; Marli Moretti, pós-graduada em ABA e mãe atípica; e Fernando Péria, arquiteto especialista em acessibilidade. Segundo Rafinha Almeida, o impacto foi imediato. “Foi um momento de aprendizado genuíno. As histórias compartilhadas tocaram e transformaram a visão de muitos servidores, fortalecendo um atendimento mais cuidadoso e inclusivo”, destacou.
O encerramento da Virada Inclusiva aconteceu no sábado, na FESC, com apresentações de entidades e associações da cidade. Participaram a Banda da APAE, o grupo teatral da ACORDE, o teatro da Casa 21, a performance de dança do Espaço Azul e o Coral Além do Olhar, formado por pessoas com deficiência visual — resultado de parceria entre a Secretaria e a própria FESC. Na área paradesportiva, a ASA realizou demonstrações de modalidades paralímpicas, enquanto a LCN apresentou atividades aquáticas adaptadas, conduzidas pelo professor Mitcho Bianchi.
Para Rafinha Almeida, o balanço da edição 2025 é extremamente positivo. “Cumprimos nosso objetivo: quebrar barreiras e construir inclusão. Mostramos o protagonismo da pessoa com deficiência e os avanços que São Carlos tem alcançado graças ao trabalho contínuo de projetos, entidades e associações comprometidas com a acessibilidade e a igualdade”.
O secretário reforçou ainda que o compromisso da cidade com a inclusão é permanente. “A experiência deste ano foi marcante e fortalece nosso trabalho diário por políticas públicas que promovam autonomia, dignidade e participação social. São Carlos segue avançando e construindo uma sociedade mais acessível e humana para todos”.




